Em meio a um período tão delicado, cheio de desafios, é necessário ter maior cautela na internet e nas redes sociais
As redes sociais geram um engajamento diário com diversos públicos. Seja de cunho pessoal, como, por exemplo, o Facebook e Instagram, ou profissional, como o LinkedIn, a participação das mídias digitais no cotidiano é constante, influenciando em variadas vertentes. Mesmo sem perceber, usamos as redes a todo instante, buscando notícias, opiniões ou apenas para manter contato com amigos e família.
Nesse sentido, em tempos de pandemia, o impacto desses canais pode se amplificar, uma vez que as pessoas estão mais focadas no conteúdo recebido. Por isso, é essencial ter um cuidado maior com a relação entre usuário e plataforma digital. O relatório Digital in 2019, estruturado pelas empresas Hootsuite e We Are Social, apontou que 3,5 bilhões de pessoas estiveram presentes em alguma rede social no ano passado. Isso equivale a quase metade de toda a população do planeta, que soma 7,7 bilhões.
Por outro lado, para nós, profissionais da comunicação, as redes sociais são parte de estratégias fundamentais, que aproximam o público e, quando utilizadas estrategicamente, potencializam resultados. Citando um caso prático, ao investir no plano de comunicação que envolve o LinkedIn, a maior rede social profissional do mundo, a garantia é de maior exposição e visibilidade à determinada empresa ou profissional.
A responsabilidade por trás dos perfis nas redes
Não é de hoje que o discurso de ódio e o negativismo se faz presente na internet. Entretanto, justamente por conta do aumento do uso das mídias digitais, alguns países vêm tomando atitudes extremas para minimizar possíveis impactos.
Discutido recentemente, o posicionamento da França sobre o assunto dividiu opiniões. A agência internacional de notícias Reuters divulgou que o governo francês aprovou uma lei em que sites e redes sociais serão obrigados a tirar conteúdos que envolvam discurso de ódio dentro de 1 hora, dependendo do caso. Nicole Belloubet, Ministra da Justiça, ainda apontou que enxerga a ação como uma maneira de atribuir legalmente a responsabilidade dos atos.
A discussão principal sobre a escolha dos franceses foi o quanto isso fere a liberdade de expressão, mas, ao mesmo tempo, facilita a punição de ataques cibernéticos que acontecem com frequência. Por isso, vale ressaltar que devemos olhar a forma como nos expressamos na internet e saber reconhecer o que é pertinente ou não. Independentemente do objetivo de uso da rede, é importante tomar cuidado com o que pode agredir verbalmente o próximo – até mesmo por uma relação de empatia.
O lugar seguro para o empreendedor
Já na aplicação dentro do mundo dos negócios, as redes sociais são grandes aliadas. Ainda de acordo com o relatório Digital in 2019, 66% dos brasileiros tem algum perfil nas redes sociais, utilizando-as com viés comercial, na busca por produto ou serviço. Isso mostra qual é o padrão do consumidor no digital, o que pode ser até mesmo metrificado, de acordo com as necessidades do empreendedor.
Em 2018, o Sebrae apontou que 72% das micro e pequenas empresas já utilizavam o WhatsApp como principal canal com o cliente. Agora, pensando no momento que vivemos atualmente, imagine o quanto esse número crescerá! Afinal, a comunicação digital, na internet e redes sociais, pode se tornar o lugar mais seguro para o empreendedor.
Conheça mais sobre o perfil de cada mídia e, sendo empresário ou apenas usuário assíduo, passe a avaliar quais são os reais impactos delas no dia a dia.
Bianca Bispo é Assessora de Imprensa na IDEIACOMM.