Que as redações jornalísticas estão cada vez mais enxutas, não é novidade para ninguém. Que uma quantidade razoável de revistas e publicações deixaram de circular, também todo mundo já sabe. Mas qual o cenário atual quando falamos de comunicação?
Uma coisa é certa: hoje, vemos empresas dos mais variados segmentos sedentos por exposição na mídia e por boa colocação nas buscas do Google, visando a cadeia perfeita: serem conhecidos, aparecer mais e vender mais.
Mas como essa mágica realmente funciona?
O trabalho de Assessoria de Imprensa é bastante conhecido e pode ser caracterizado como a principal mecânica para que tal magia aconteça (exposição + boa colocação no Google).
O trabalho consiste, basicamente, em gerar conteúdo atrelado sempre a um viés noticioso e, se sua pauta ainda impactar o consumidor final do veículo, isso será incrivelmente lindo. Em outras palavras: quanto maior a relevância da pauta, maiores são as chances do jornalista se interessar em divulgar aquela notícia.
Detectado o que pode virar pauta, press release escrito ou sugestão de pauta pronta, é hora de iniciar a estratégia de divulgação com o mailing definido. Nessa hora é realizado o tão conhecido follow-up, que consiste em apresentar para o jornalista escolhido os reais benefícios de sua pauta.
Depois disso, é só torcer para que haja publicação ou alguma entrevista com a empresa em questão.
A diferença entre divulgação espontânea e anúncio
Fato é que qualquer leitor sabe diferenciar uma divulgação espontânea de um anúncio, afinal de contas, é notável a diferença. Divulgação espontânea pertence ao universo da magia de assessoria de imprensa, no qual o jornalista para quem você vende sua pauta, vai entender do assunto em questão – seja um lançamento de um produto, alguma mudança na legislação que impacte a cadeia empresarial, entre outros – entrevistar a empresa em pauta e escrever um texto jornalístico que gere interesse em seus leitores.
Logo, o leitor que consumir essa reportagem não vai enxergar publicidade: muito pelo contrário, estará se pautando por um formador de opinião.
Já o anúncio, além de ser extremamente mais caro que uma assessoria de imprensa, fica perceptível aos olhos do leitor, pois a propaganda está explícita naquele conteúdo e muitas vezes não impacta leitores e possíveis leads para a empresa que pagou para estar ali.
Primeiro, o que é o Dino?
É um divulgador de notícias do Grupo Comunique-se. A plataforma oferece planos mensais e garante publicação em portais como O Globo, Exame, Agência Estado, Infomoney e mais de 40 blogs. A publicação de fato ocorre, por meio do pagamento de uma mensalidade. Existe uma célula de revisão do próprio Dino, mas, no geral, o que qualquer leigo inserir na ferramenta – informações corretas ou erradas, conteúdo tendencioso ou não -, tudo será publicado e a matéria nunca sai do ar.
A diferença, portanto, é clara entre o trabalho de Assessoria de Imprensa e o de anúncios pagos, que não dão nenhuma garantia de que tal informação chegará no público alvo de uma empresa e, em alguns casos, pode ter a credibilidade contestada
Assessoria de Imprensa ou Dino: o que vale mais a pena?
O Dino é uma ferramenta de divulgação que pode ser bem ou mal usada. Para garantir um bom retorno, ele deve contar com a curadoria de jornalistas experientes e ser complementar ao trabalho da Assessoria de Imprensa, sem jamais substituir a forma espontânea de geração de conteúdo que a Assessoria de Imprensa promove.
E se você ainda tem dúvidas. Basta enxergar no seu bolso. O custo versus benefícios no final do mês não compensa!
Juliana Garcia é Sócia e Diretora na IDEIACOMM