Conheça exemplos de filmes que demonstram como a escrita pode transformar a vida de pessoas, dentro de diversos gêneros e propostas
A literatura apresenta um potencial inegável em transformar realidades, tanto para o escritor quanto para o leitor, respectivamente. Isso se estende ao papel da escrita em criar histórias, levantar reflexões, debater cenários e explorar o que há de mais criativo na mente humana, sempre em prol do enriquecimento cultural coletivo, sem exceções. Ler é abraçar um universo de inúmeras possibilidades, sem restrições, exclusões ou pré-julgamentos. Aqui, todos são bem-vindos.
Esse olhar de isenção nos permite refletir sobre a obra em si. Cada qual capaz de impactar pessoas das mais diversas origens, aspirações e desejos. E claro, o cinema, enquanto uma indústria de impacto global, não poderia deixar passar a oportunidade de produzir longas-metragens que ilustrassem o porquê a literatura é tão importante – especialmente nos tempos que vivemos.
Que tal conhecer três (excelentes) filmes sobre o poder da literatura em sociedade? Confira a lista abaixo!
- Sociedade dos Poetas Mortos (1989)
“Carpe Diem. Aproveitem o dia, rapazes. Tornem suas vidas extraordinárias.” A frase que marcou o clássico no final dos anos 80 sintetiza bem a proposta do longa, de como a arte é o que nos torna essencialmente humanos. Por meio da figura do professor de inglês John Keating (Robin Williams), o espectador é levado à uma jornada de descoberta, o peso do tradicionalismo e o custo que a vida cobra dos que ousam deixar estigmas para trás. No fim, o filme traz a lição de que sempre é possível viver com mais criatividade, respeitando o que realmente desejamos e, principalmente, colocando a poesia como uma forma de expressar nossas individualidades.
- Histórias Cruzadas (2011)
Nos anos 60, dentro de um contexto de luta por direitos civis, em uma sociedade americana afundada no racismo estrutural, acompanhamos a jornada de Skeeter (Emma Stone), uma garota branca, de classe alta e que possui o sonho de se tornar escritora. Decidida, a jovem dá início à uma série de entrevistas com empregadas negras, utilizando uma abordagem intimista, levantando histórias pessoais que priorizam o ponto de vista dessas mulheres, reféns do momento que viviam. Como resultado, a escritora não só encontra sua aptidão profissional, como constrói uma trilha de depoimentos que relatam o drama sofrido pela comunidade negra, dando voz aos que mais necessitavam. Filme obrigatório e extremamente profundo.
- Mary Shelley (2018)
Hoje, a figura do monstro de Frankenstein permeia a cultura pop. Porém, o começo dessa história não foi nem um pouco tranquilo. Nessa cinebiografia, acompanhamos a trajetória da escritora Mary Godwin (Elle Fanning), como era conhecida aos 18 anos. No século XIX, lidando com a resistência de editoras, bem como limites morais impostos pela própria sociedade, a jovem sofreu com angústias e frustrações, até conseguir se assumir como Mary Shelley, a criadora do clássico Frankenstein. Demonstrando todas as inspirações por trás da obra, o filme mostra como a criatura é um reflexo direto de nossa realidade. Afinal, quem são os verdadeiros monstros? Tudo isso, claro, em uma trama transgressora e inspiradora.
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Fabio Oliveira é Produtor de Conteúdo na IDEIACOMM.