Uma análise sobre a importância do branding e do relacionamento com a imprensa para as empresas que impulsionam a transformação digital no Brasil
Empresas precisam se comunicar e precisam da tecnologia dentro do contexto de um ambiente de negócios em que a digitalização avança a passos largos. Se essa constatação já parecia evidente no início das discussões sobre transformação digital no Brasil, ela se provou factual dentro do cenário de crise relacionado com a pandemia de coronavírus.
E dois dados importantes confirmam essa tese: enquanto a economia como um todo sofreu com retração no segundo trimestre do ano passado, o setor de TI cresceu 5,8% e a movimentação desse mercado, em junho de 2021, chegou a ser quase 28% superior aos patamares de pré-pandemia.
Do lado da comunicação corporativa, 68,9% das agências reportaram expansão de faturamento entre julho e setembro de 2021, também em meio a um ambiente de cautela e queda de indicadores em grande parte dos setores econômicos nacionais (e globais).
Em outras palavras: se a comunicação e a tecnologia são pilares essenciais e demandam investimentos na realidade das organizações independentemente do cenário externo, em panoramas desafiadores eles podem ser a chave para que uma empresa identifique novas oportunidades, renove sua carteira de clientes e se torne – pensando na informatização – mais ágil e eficiente do ponto de vista financeiro e de processos.
Mas, um ponto que precisa ser reforçado é o de que, se essa intersecção é crucial para a economia como um todo, no próprio cenário competitivo das empresas de tecnologia, o reforço do posicionamento corporativo e do branding destas companhias surge como um elemento decisivo.
E, haja vista que a cultura digital já está presente no setor – fator que, por consequência, favorece a adoção de novas tecnologias também “dentro de casa” – um caminho recomendado é o de buscar agências especializadas em comunicação, tanto para que o trabalho estratégico de transparecer uma mensagem clara para potenciais clientes e stakeholders seja assertivo, quanto para permitir que as lideranças do negócio foquem em seu core business.
O crescimento da comunicação digital no mercado de tecnologia
O lado positivo desse debate é que, a rigor, boa parte do mercado de tecnologia já se atentou para a necessidade de boas estratégias de comunicação e marketing.
Um estudo de 2021 da Boston Digital apontou, por exemplo, que 95% das companhias de TI ampliaram seus investimentos em marketing digital e, dentre outros pontos, conseguiram extrair benefícios que envolvem:
- 75% das empresas reportaram aumento de interesse em seus produtos;
- O mesmo número de entrevistados destacou o impacto positivo nos negócios como um todo;
- 85% relataram aumento da satisfação de clientes.
Esse último dado, aliás, é revelador: um esforço de comunicação assertiva (sobretudo em canais digitais) tem o potencial de trazer experiências mais positivas e melhorar o relacionamento de uma companhia com seus consumidores atuais.
E, quando pensamos que o custo de manutenção de um cliente é até 7 vezes inferior ao de converter um novo segundo ninguém menos que Philip Kotler, não é difícil entender o porquê essa pode ser uma estratégia capaz de aumentar a eficiência financeira de uma organização de tecnologia.
Branding como fator de diferenciação em um segmento extremamente competitivo
Quando avaliamos os benefícios e o poder da comunicação para o mercado de tecnologia, nunca é demais também reforçarmos a questão da diferenciação.
Afinal de contas, estamos falando de um ambiente de negócios em que novas startups surgem a todo instante e, nesse sentido, trazer destaque para a sua solução é uma tarefa desafiadora que exige investimentos em branding – ações multidisciplinares de comunicação e marketing voltadas a expressão dos valores e da identidade de uma marca para o mercado.
Para termos uma ideia, só no Brasil, o número de startups supera 11 mil (28% delas atuantes em TI), de acordo com mapeamento recente da Cortex. E isso sem falarmos das big techs e empresas do middle market disputando a atenção de consumidores ávidos por novas tecnologias – mas também por experiências relevantes e canais de comunicação alinhados em suas jornadas de compra.
A busca por canais especializados
Mas o trabalho comunicacional de uma empresa além de passar pela rota do marketing digital e branding bem-estruturado, deve também se centrar na busca pelo respaldo e relevância. E esse caminho, por sua vez, se constrói a partir da presença em veículos reconhecidos pelo mercado e canais do nicho de tecnologia.
Daí, por fim, a importância de trazer para o conjunto de ações de comunicação corporativa da sua empresa o pilar das assessorias de imprensa. Não à toa, agências do setor hoje se posicionam de modo híbrido – unindo ações que vão das redes sociais ao relacionamento com jornalistas especializados.
Tais esforços, como vimos acima, trazem resultados efetivos dentro de um trabalho de longo prazo e guiado pela mentalidade de que, por meio da comunicação, abrimos portas tanto em cenários desafiadores quanto em movimentos de retomada.
Juliana Garcia é CEO da IDEIACOMM. Comunicóloga, jornalista por formação e apaixonada pelo trabalho de mídia espontânea. Atua há mais de 15 anos como Public Relations, sendo que, deste período, 10 anos à frente da IDEIACOMM, agência de conteúdo, social media e assessoria de imprensa para empresas de Tecnologia, Startups, Tributaristas e área jurídica.